Na habitual audiência geral de quarta-feira, retomada depois da Páscoa, o Papa Francisco alertou para os “dramas” das crianças de todo o mundo que vivem na pobreza ou são vítimas de violência e escravidão.
O Papa contestou os que apresentam como solução uma diminuição dos nascimentos, apelando à responsabilidade da sociedade civil em defesa dos mais desprotegidos.
“Muitas crianças, desde o início, são rejeitadas, abandonadas, privadas da sua infância e do seu futuro. Alguns atrevem-se a dizer - como que a justificar-se - que foi um erro fazê-las vir ao mundo. Isto é vergonhoso! Não descarreguemos as nossas culpas sobre as crianças, por favor! As crianças nunca são um erro”, disse na Praça de S. Pedro, perante milhares de pessoas.
“Cada criança marginalizada, abandonada, que vive na rua a mendigar ou com qualquer tipo de expediente, sem escola, sem cuidados médicos, é um grito que chega até Deus e que acusa o sistema que nós adultos construímos”, declarou.
Numa catequese centrada no que chamou de “paixão da infância”, o Papa recordou que muitas destas crianças “são presa de delinquentes, que os exploram para tráficos e negócios indignos, ou os treinam para a guerra e a violência”.
“O que fazemos das solenes declarações dos Direitos do Homem e dos Direitos da Criança, se depois castigamos as crianças pelos erros dos adultos?”
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