A Campanha da Fraternidade de 2014 trabalhará em sua reflexão no tempo quaresmal o tema “Fraternidade e Tráfico Humano” e o lema “É para a liberdade que Cristo nos libertou” (Gl 5, 1). Os católicos e igrejas pertencentes ao Conselho de Igrejas Cristãs – CONIC – vão estudar, ler, refletir, orar e escolher as ações de combate ao trabalho escravo.
A escolha do tema surgiu pela proposta dos Grupos de Trabalho de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas e de Combate ao Trabalho Escravo, da Conferência dos Bispos do Brasil (CNBB).
A Organização Internacional do Trabalho (OIT) divulgou uma estimativa global quanto o aumento de pessoas vítimas do tráfico humano, trabalho forçado e tráfico para a exploração sexual.
Geralmente o crime surge de forma clandestina. São 20,9 milhões de pessoas em todo mundo, sendo que o número de traficados na América Latina e Caribe é de 1,8 milhões.
Já o ofício da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre drogas e crimes estima que 140 mil de pessoas, principalmente mulheres, são traficadas e exploradas sexualmente, sendo que 13% são sul-americanas. A Espanha é principal destino do tráfico, seguida da Itália, Portugal, França, Holanda, Áustria e Suíça.
A Organização Internacional Para Imigrações constatou que há um crescimento bem acentuado na América Latina e Caribe do tráfico de imigrantes. Já a Comissão Pastoral da Terra (CPT) divulgou dados que mostram no Brasil 250 casos de trabalho escravo no ano, o que é preocupante. Por outro lado, o Ministério do Trabalho informou que conseguiu resgatar 38.000 trabalhadores.
Adultos, crianças, mulheres e homens, são vitimas do tráfico e os observadores ativistas do Combate do Trabalho Escravo e Erradicação, consideram que a situação do Brasil é muito desafiadora.
Em nosso país a figura do “gato”, que ocorre por meio do aliciamento atinge as pessoas mais vulneráveis. Por esta razão já existem duas Comissões Parlamentares de Inquérito no Congresso Federal.
O tema da Campanha da Fraternidade chegará junto com a Copa de 2014. A campanha será intensificada com um trabalho de conscientização, pretendendo-se assim minimizar esta prática criminosa.
Grandes barragens, linhões e ferrovias; a expansão da monocultura e agronegócio; e até a constatação do avanço de pessoas bolivianas e peruanas traficadas para o Brasil serão discutidos e combatidos com rigor pela Igreja.
gosto muito desse blog ! a paz de jesus e o amor de maria!
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